segunda-feira, 19 de julho de 2010

         Manoel Augusto de Souza, ainda muito moço, chegou em Chaval, salvo engano, víndo das bandas de Marco-Ce., trazendo a idéia de ser farmacêutico, e não custou muito instalou uma farmácia em um dos quartos do mercado público, lado sul, e diga-se, de boa aparência, que até podia servir de exemplo, visto que, naquele tempo, tudo era raro e muito difícil.

         Chaval, era servido por caminhão pau de arara, tipo misto que, quando não estava no prego, saía de Parnaíba com destino à Camocim-Ce. passando por Chaval. A propósito, certo dia, uma senhora passageira, que esperava fazer uma viagem sem maiores problemas, logo depois da saída do carro, começou sentir uma dorzinha de barriga, e o negócio foi aumentando ao ponto de pedir ao motorista, por 3 vezes, que parasse o carro enquato ia ao mato, antes, já se ouvia constantes reclamações sobre o mau cheiro. Ao chegar em Chaval, a pobre senhora, comentando o que vinha sentindo, uma pessoa disse-lhe que fosse à farmácia que ficava ali bem perto, e o bondoso informante prontificou-se levá-la. Ao chegarem, a senhora explicou o caso ao farmacêutico que não demorou muito entregou-lhe um copo com água e pediu que bebesse. Apelando pelo menos, para uma resposta de conforto, disse que tinha necessidade de continuar sua viagem, e indagou: "e aí Dr., o que é que eu faço?", respondeu o Dr.: "ali perto tem uma bodega, passe lá e compre um penico".

         (Conforme os respeitáveis idosos de Chaval, os fatos ocorreram há pouco mais de 100 anos).

Epitácio Brito
Fortaleza 19/07/04

Nenhum comentário:

Postar um comentário