segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A seu tempo, deu-se o casamento da moça mais bonita de CHAVAL.




         Retratos de Luís Gonzaga de Oliveira, também conhecido por Luís Madeira, nascido em Viçosa, hoje Viçosa do Ceará, no dia 09.01.1899 e Ana Brito de Oliveira, nascida em Chaval-Ce, no dia 06.08.1896. Casaram-se em 16.11.1918, de cujo matrimônio tiveram 12 filhos, sendo 10 vivos e 02 natimorto. História narrada por Epitácio Brito de Oliveira, o terceiro da ordem de nascimento ocorrido em 25.10.1922.


Fort. 20.09.10

domingo, 5 de setembro de 2010

HISTÓRIA VERDADEIRA

         O padre José Carneiro da Cunha, nasceu na pequena vila de Chaval, no dia 5 de setembro de 1880. Foi ordenado no dia 30 de dezembro de 1906, e foi nomeado vigário de Viçosa, em março de 1912. Padre novo, disposto e sadio, era uma máquina para trabalhar, e o fazia de tudo, quando necessário fosse.
         Certa noite, já bem perto da meia noite, bateu-lhe à porta uma pessoa com a incumbência de pedir ao bondoso padre Carneiro para atender uma pessoa que se achava muito doente, e logo, perguntou ao mensageiro se tinha levado o cavalo e disse que tinha e perguntou mais, se a mulher engolia, e sem entender bem respondeu que não, no que , o padre disse: "então, não levo a comunhão para a doente". O rapaz foi lá, veio cá e disse: "sabe seu padre, pode levá que ela lapea". Tudo pronto, puseram-se a caminho. O dia prometia clarear e de longe o padre avistou a multidão que enchia o pátio da casa. A mulher parece que morreu, pensou o padre.
         Toda a família e amigos, já foram comunicados da situação que se encontrava a pobre e querida senhora, inclusive, fora chamado urgente, um dos filhos do casal que se encontrava morando em S.Paulo, o mais desenvolvido e letrado da família, então já escolhido para recepcionar o padre quando de sua chegada.
         Ao desmontar-se foi logo procurando a entrada principal da casa, onde já se encontrava de pé, o recepcionista. O padre levantou um pouco a cabeça e perguntou: "como vai a mulher?". Respondeu o letrado recepcionista: "Seu vigário, minha mãe está desmoralizada." Texto: Epitácio Brito

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

         CARTA ABERTA

         Meu estimado, não só estimado, mas também, querido primo e amigo Dassis.

         Peço o favor de providenciar a entrega destes envelopes aos primos relacionados.

         Olhe aí no blog, partindo do nosso tataravô, pela ordem decrescente, João Caetano de Brito, pai do nosso bisavô, Major Fiel Augusto Gentil de Brito, que gerou nosso avô Antônio Augusto Gentil de Brito, que gerou Antônio Cajubá de Brito e Ana Brito de Oliveira.

         Não esqueça que somos os únicos patriarcas vivos da família.

         Recomendações a Marisa.


         Abraços

         Epitácio Brito

         Fortaleza 07.10

segunda-feira, 19 de julho de 2010

         Manoel Augusto de Souza, ainda muito moço, chegou em Chaval, salvo engano, víndo das bandas de Marco-Ce., trazendo a idéia de ser farmacêutico, e não custou muito instalou uma farmácia em um dos quartos do mercado público, lado sul, e diga-se, de boa aparência, que até podia servir de exemplo, visto que, naquele tempo, tudo era raro e muito difícil.

         Chaval, era servido por caminhão pau de arara, tipo misto que, quando não estava no prego, saía de Parnaíba com destino à Camocim-Ce. passando por Chaval. A propósito, certo dia, uma senhora passageira, que esperava fazer uma viagem sem maiores problemas, logo depois da saída do carro, começou sentir uma dorzinha de barriga, e o negócio foi aumentando ao ponto de pedir ao motorista, por 3 vezes, que parasse o carro enquato ia ao mato, antes, já se ouvia constantes reclamações sobre o mau cheiro. Ao chegar em Chaval, a pobre senhora, comentando o que vinha sentindo, uma pessoa disse-lhe que fosse à farmácia que ficava ali bem perto, e o bondoso informante prontificou-se levá-la. Ao chegarem, a senhora explicou o caso ao farmacêutico que não demorou muito entregou-lhe um copo com água e pediu que bebesse. Apelando pelo menos, para uma resposta de conforto, disse que tinha necessidade de continuar sua viagem, e indagou: "e aí Dr., o que é que eu faço?", respondeu o Dr.: "ali perto tem uma bodega, passe lá e compre um penico".

         (Conforme os respeitáveis idosos de Chaval, os fatos ocorreram há pouco mais de 100 anos).

Epitácio Brito
Fortaleza 19/07/04

terça-feira, 6 de julho de 2010

         CHAVAL

         Por Epitácio Brito de Oliveira, nascido em Chaval, no dia 25 de outubro de 1922.

         Fiel Augusto Gentil de Brito, o Major, era filho do 1° matrimônio de João Caetano de Brito e Ana Francisca de Brito, e o 2° com Francisca de Brito Passos. Do 1° casamento houve 3 filhos, 1° Henrique Augusto Gentil de Brito, 2° Fiel Augusto Gentil de Brito, 3° Francisco de Brito. Como se vê, o Major, era o 2° da ordem de filiação.

         Houve do 2° casamento de João Caetano 8 filhos, 1° Henriqueta de Brito, 2° Raimundo Bráulio, 3° Joana de Brito, 4° Antônio Marmoraci de Brito, 5° Aureliano de Brito, 6° Prismilan de Brito, 7° Isabel de Brito, 8° Polidório Durval de Brito.

         Anos mais tarde, Fiel Augusto Gentil de Brito, o Major, casou-se com Inácia Cristiano de Brito, 1° filha do casamento de Jóse Cristiano de Brito Passos com Joana Santos de Brito Passos. Do casamento entre Fiel Augusto Gentil de Brito com Inácia Cristiano de Brito, tiveram 3 filhos, 1° José Fiel Augusto Gentil de Brito, que se casou com Josefa Fiel de Brito, e tiveram vários filhos, 2° Joana Augusto Gentil de Brito, que se casou com Abel Francisco dos Santos e não houve descendência, 3° Antõnio Augusto Gentil de Brito, ( avõ deste historiador), conhecido também por Antônio Fiel, que se casou com Eugênia Francisca de Brito Santos e tiveram 2 filhos: Antônio Cajubá de Brito e Ana Brito de Oliveira. Antônio Cajubá era um homem probo por excelência e ninguém ariscava ter a menor dúvida, casado com Francisca Carneiro de Brito, filha do 1° matrimônio de Anatólio Thiers Carneiro com Fausta Justiniano de Brito Carneiro, esposa fiel e extremamente responsável, mãe bondosa e amante de todos da família. Deste matrimônio tiveram 7 filhos, 1° Armando Cajubá de Brito, 2° Francisco de Assis Cajubá de Brito, 3° Maria Eugênia Cajubá de Brito, 4° Dassisa Cajubá de Brito, 5° Armanda Cajubá de Brito, 6° Maria do Rosário Cajubá de Brito, 7° Mário Eugênio Cajubá de Brito e adotaram Beuilda de Brito.

         Antônio Cajubá de Brito nasceu em Chaval, no dia 1° de setembro de 1894 e faleceu em Fortaleza, no dia 12 de abril de 1955 e foi sepultado no dia seguinte em Parnaíba - Pi, onde era radicado há muitos anos.

         Ana Brito de Oliveira, dito pelos mais idosos que a conheceram, era a moça mais bonita e graciosa de Chaval. Ainda muito jovem casou-se com Luís Gonzaga de Oliveira, igualmente conhecido por Luís Madeira, no dia 16 de novembro de 1.918, oridinário de Viçosa do Ceará, era filho de João Braga de Oliveira e Maria Alves Pedrosa, ele, João Braga, era natural de Sobral - Ce e faleceu em Viçosa do Ceará, no dia 2 de janeiro de 1908 e ela, Maria Alves Pedrosa, era natural de Ibiapina - Ce, nascida no dia 9 de abril de 1872 e faleceu em Viçosa do Ceará, no dia 12 de abril de 1968.

         Do casamento acontecido entre Ana Brito de Oliveira e Luís Gonzaga de Oliveira, nasceram 12 filhos, 1° Maria Brito de Oliveira, 2° Eugênia Brito de Oliveira, 3° Epitácio Brito de Oliveira, 4° Noeme Brito de Oliveira, 5° João Brito de Oliveira, 6° Francisco das Chagas Brito de Oliveira, 7° Inácia Brito de Oliveira, 8° Terezinha Brito de Oliveira, 9° Antônio Fiel Brito de Oliveira, 10° Iolanda Brito de Oliveira. Houve do casamento 2 NATIMORTO.

         Ana Brito de Oliveira, nasceu em Chaval, no dia 6 de agosto de 1896 e faleceu em Fortaleza no dia 31 de maio de 1951 e foi sepultada em Chaval, no dia seguinte.       

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Chaval: Carta de Epitácio Brito

Fortaleza, 10 de junho de 2003


         Estimada Fernanda,


         Agradou-me demais o seu telefonema solicitando dados, especialmente quanto a minha vida pública partidária passada aí em Chaval. Infelizmente, dado a pressa que você me solicitou e tendo um amontoado de problemas a resolver, todos inadiáveis, não me foi possível fazer um relato como você gostaria e bem merecia -
         Meu nome: Epitácio Brito de Oliveira, filho de Luís Gonzaga de Oliveira e Ana Brito de Oliveira, nascido em Chaval, no dia 25 de outubro de 1922.
         Fui eleito o 2º Prefeito Municipal de Chaval no dia 03.10.58, tomei posse no dia 25.03.59, cujo mandato foi até 25.03.68.
         Ingressei na política em março de 54 e logo fui eleito Presidente do Diretório do PSP, por cuja legenda fui eleito Prefeito Municipal em 03.10.58. Daí por diante, fui me reelegendo Presidente ininterruptamente, até março de 91, quando foi eleito, por indicação nossa, o Ten. Professor José Arteiro da Silva. Veja que isso foi uma existência - 37 anos de Presidente de Diretório Municipal e conseqüente liderança vivamente atuante, que motivou com as eleições municipais para Prefeito Municipal de Libório Adrião de Araújo (1.962), Francisco Ângelo Sobrinho (1.966), José Augusto Fontenele (1.970), Francisco de Assis Damasceno Carneiro (1.972), e Francisco Pereira Filho (1.976), todos eleitos com a minha participação direta, eleitoralmente, na ordem de 80 a 90%.
         Durante todo esse tempo a luta foi muito grande e os fatos foram vividos com o maior respeito e honestidade. A história está ai para dizer.
         Estou juntando alguns escritos, através dos quais você poderá aproveitar alguma coisa. Fique com todos êles, para seus governo. Pode usa-los como quizer, sempre aproveitando o que for de melhor.
         Queira desculpar alguma falha, principalmente de ter escrito a mão.


         Grato


         Epitácio Brito

domingo, 2 de maio de 2010

CHAVAL: Carta de Epitácio Brito à Diretora da Escola Ana Brito de Oliveira.

Fortaleza, 22 de maio de 2.000


         Estimada Jaqueline,


         Atendendo sua solicitação, feita por telefone, segue abaixo alguma coisa sobre minha mãe, que deu nome a Escola Municipal "Ana Brito de Oliveira", hoje, sob sua inteligente e dinâmica direção -
         Ana Brito de Oliveira, nasceu em Chaval, no dia 06 de agosto de 1.896 e faleceu em Fortaleza, no dia 31 de maio de 1.951 e foi sepultada em Chaval.
         Era filha de Antônio Augusto Gentil de Brito, conhecido por Antônio Fiel, um dos homens honrados que dignificou e tanto lutou pelo crescimento e respeito à nossa terra e , se não bastasse, foi neta do Major da Guarda Nacional, Fiel Augusto Gentil de Brito, um dos homens mais respeitados daquela então região, como um todo, antes e depois da fundação de Chaval, em 1.873.
         Casou-se com Luís Gonzaga de Oliveira, filho natural de Viçosa do Ceará, no dia 16 de novembro de 1.918, de cujo enlace nasceram 12 filhos.
         O tempo foi se desfolhando e muita coisa aconteceu, e então, num sentido de admiração e porque não dizer, de merecimento, a municipalidade de Chaval fez construir um prédio destinado a um estabelecimento de ensino, e logo, o então Prefeito, Francisco Pereira Filho, deu-lhe o nome de Grupo Escolar "Ana Brito de Oliveira", como se vê da lei 009/79, de 09/04/79, foto-cópia anexa, que se fez acompanhar da Mensagem à Câmara Municipal 008, de 04/04/79, também foto-cópia anexa, em que, procurou o Prefeito, justificar a honraria.
         O terreno onde se acha encravado o Grupo Escolar Municipal "Ana Brito de Oliveira", na rua José Romão Rios, antes conhecida por rua Osvaldo Cruz, na cidade de Chaval, foi adquirido pela Prefeitura Municipal, a Osvaldo Sales Santos, em razão de herança deixada pelo falecimento de José Cristiano Sales, na gestão do Prefeito Francisco Pereira Filho, através de Escritura Pública de Cessão de Direitos Hereditários, lavrado pelo Cartório do 2º ofício de Camocim, visto que, na época a Comarca de Chaval ainda não havia sido instalada.
         Aí está Jaqueline, alguma coisa sobre a minha querida mãe, a razão do Grupo Escolar "Ana Brito de Oliveira", bem assim, quanto ao terreno, sobre o qual foi edificada a referida Escola.
         Acredito haver contribuido um pouco para justificar a sua santa e oportuna curiosidade sobre o "Ana Brito de Oliveira".
         Quando poder e for oportuno, dê conhecimento desses fatos que integram a história de Chaval, desconhecidos por muita gente boa...
         Lembranças ao Batista Adrião, Assunção e sua querida mãe Claudete.


         Às suas ordens.


         Epitácio Brito

quarta-feira, 14 de abril de 2010

         Fala-se como fato verdadeiro, que certo candidato, já um tanto puxado na idade, desenvolvia intensa e cansativa campanha para chegar ao palácio da Prefeitura de
certa cidade.
         A todos prometia que, se eleito, tudo ia mudar: as perseguições, os crimes, os maus-tratos, e, bem assim, a pobreza seriam exterminados do município, de modo que todos podessem viver em paz e de barriga cheia. Esta era a tônica de sua campanha, que não via a hora de terminar.
         O peditório aumentava muito, acima da proporção esperada. O sexagenário candidato, já visivelmente cansado, mas, com muita esperança de ser o escolhido, não podia dizer não a ninguém e assim, atendia um a um os pedidos que lhes eram feitos.
         O homem, que antes era um tanto carrancudo, sério e inflexível, tornara-se uma pessoa fácil, bondosa e sorridente, capaz de agradar a todo mundo
         Ao final de muitas noites, já extenuado, sem poder conciliar o sono, recorria às opiniões de sua mulher, que também dizia se achar cansada e com pouca coragem de chegar ao fim da campanha, e, quando menos esperava lá se vinha o dia clareando. Aquilo era uma crucificação para o pobre casal, que já não sabia mais o que fazer. Na imaginação do destemido candidato, o tempo não saía do lugar, estava parado.
         Certa ocasião, bem perto da decisão final daquela amargura, já com pouco recurso e sem saber o que fazer para resolver tantos problemas, bateu-lhe à porta, muito cedo da manhã, seu melhor correligionário e compadre "fulado de tal", que após tomar café com leite, pão, bolo e bolacha, puxou do bolso uma lista de mais de trezentos nomes, segundo ele, de eleitores, e logo foi dizendo: "Taqui cumpade, o meu eleitorado, que não tem um para negá fogo..."
         Obrigado compadre, agora, estou certo que serei eleito, com certeza, conte comigo, não tenha cerimônia.
         Não custou muito, seu compadre chamou-lhe à um canto da sala e disse que tinha um pedido a fazer, mas que estava sem muita coragem, o que é isso compadre, você sabe que somos amigos e não seria agora que iria lhe faltar, pode dizer compadre, conte comigo. O também sexagenário compadre, não mais se fez de rogado e foi direto ao assunto: "Sabe o que é cumpade, eu queria que você me desse sua muié pra mim, você já tem muita, não vai fazê falta".
         O mundo rodou, o homem mudou de cor, foi lá e veio cá, pensou em tudo em pouco tempo, diante daquele pedido que lhe fizera seu compadre, mas, afinal de contas, não podia perder a eleição, o homem contava com mais de trezentos votos, que iriam garantir a sua vitória. A calma e o bom senso, no momento, era a solução. Feita as ponderações, acertou com seu compadre, para resolver o problema logo depois da vitória e que da parte dele, tudo iria dar certo. O velho, ficou radiante de alegria e saiu aos pinotes.
         Imagine o caro leitor, como ficou abalada e ferida a sua dignidade, diante de tamanha e inesperada ofensa.
         Chamou às portas fechadas sua companheira, e contou-lhe o que havia se passado. Casada, mãe de filhos, dos quais dois formados, netos, dotada dos melhores sentimentos religiosos, exemplar dona de casa, fiel esposa, de irretocável comportamento, contando quase quarenta anos de casada, ficou indignada, com justa razão, com o comportamento endiabrado de seu velho compadre. Contudo, seu marido, já de cabeça fria, pediu-lhe que tivesse calma e desse continuação à sua vida, como dantes.
         Chegou o dia da eleição e o eleito foi mesmo o esperado, compadre do pidão, não muito bem ajustado do juízo.
         Dois dias depois de sua posse, o Sargento, Delegado de Polícia da cidade, foi à Prefeitura com a finalidade de fazer uma visita e apresentar seus préstimos ao novo Prefeito. Este, na ocasião, fez um relato completo sobre o que aconteceu entre ele e seu compadre "fulano de tal". O Delegado, ficou horrorizado, e leu no semblante do Prefeito, a indignação que lhe causou tal fato. E aí, seu Prefeito, o que é que o senhor quer que eu faça? Com reserva, dê um ensino bom neste cabra, respondeu. Neste mesmo dia o homem foi preso e chegou à Delegacia aos trancos e barrancos. O acontecimento repetiu-se por várias vezes, quase sempre acompanhados de bons ensinamentos... Daí por diante, nunca mais o pretendente da mulher do Prefeito, teve saúde e disposição para nada.
         Moral da história: O tiro saiu pela culatra.

Epitácio Brito
Fortaleza 18/06/04

terça-feira, 30 de março de 2010


         Ontem, o Danilo, ao chegar aqui no meu gabinete, foi logo me indagando: vovô, vamos comprar baião e lingüiça para o almoço? Vamos. Respondi com firmeza. Peguei um pedaço de papel que estava à minha frente e fui logo anotando o que o rapaz deveria comprar - 3 lingüiças, 1 pacote de batata frita, 1 frango, 1 litro de coca e 2 ... Opa, não sabia pluralizar a palavra BAIÃO, ou sinceramente, fui acometido de um branco, o que não foi bem o caso de certo Prefeito do interior daqui do Ceará, que chamou a sua Secretária e ordenou-lhe que fizesse um cheque de 60 reais para liquidar um débito. A jovem Secretária, bonita e muito bem enfeitada, retirou-se e mais do que de repente, começou a prencher o cheque, porém, quando chegou na hora de escrever a palavra sessenta, ficou embatucada, se torceu para um lado e para o outro, botou a mão na cabeça, foi pra lá e pra cá, fez promessa aos seus melhores santos, mas não houve jeito, voltou ao gabinete do chefe e confessou a sua dificuldade em escrever a palavra sessenta. No que, o Dr., que há bem pouco tempo deixara de mão a sua clínica ginecológica, não se fez de perdido e mandou que a moça fizesse 2 de 30.
         Resultado conclusivo: o médico Prefeito, coitado, também não sabia como ensinar a sua bela Secretária.

Epitácio Brito
Fortaleza 23.07.2000

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Inauguração da 1ª Unidade Mista de Saúde de Chaval, "Dr. Armando Cajubá de Brito".


         Ato solene da inauguração da primeira Unidade de Saúde de Chaval, promessa feita e cumprida por Epitácio Brito de Oliveira, ao povo chavalense, tão ansioso e carente, não somente com relação a Unidade de Saúde, porém, a promessa ia além: trazer para Chaval um bom médico, com residência fixa na cidade. Sempre e sempre as reclamações vinham em cima de mim, e, com justa razão, a necessidade era grande, até que um dia achei que já era tempo e fui ter com o Dr. Lúcio Alcântra, Secretário de Saúde, à quem falei detalhadamente do problema, que de pronto prometeu-me resolver, e fomos ao Governador Cel. Adauto Bezerra, à quem também, expus toda a situação. "Tá certo Epitácio, conte comigo, o seu padrinho é forte", se referindo ao Dr. Lúcio, que não escondia dizer que me admirava.
        A obra estava pronta e grande parte do material, móveis, consultório dentário, etc, já se encontrava em Chaval, então, fiz uma carta ao Dr Lúcio, datada de 02.12.1977, também assinada pelo Prefeito Francisco Pereira Filho, em que pedia interceder junto ao Governador Adauto, no sentido de se dar à Unidade Mista de Saúde de Chaval, o nome do médico "Dr. Armando Cajubá de Brito", IN MEMORIAN, e o pedido foi aceito e logo em 27.12.1977 foi baixado o decreto nº 12.814 com publicação no D.O.E de 09.01.1978 e em abril de 1978 deu-se a tão desejada inauguração, com a presença do Governador e sua ilustre cometiva, com a presença também de mais de 5.000 pessoas, vendo-se a mãe e a esposa do homenageado no exato momento que se dava o rompimento da fita inaugural. Com relação ao bom médico prometido, a promessa foi cumprida, e a escolha, recaiu na pessoa do Dr. Francisco de Assis Brandão Meireles.
        Dentre outros, o primeiro contrato que o trouxe para Chaval, foi publicado no D.O.E de 09.09.1978.


        Epitácio Brito

Fort/Ce
Fev/2010



        Inauguração da primeira Unidade Mista de Saúde de Chaval, "Dr. Armando Cajubá de Brito", em abril de 1978.

Fotografias: Chaval - Março/97

 
 "Comercial Center Luís Gonzaga de Oliveira", pertencente a Epitácio Brito de Oliveira.


Feira livre recentemente inaugurada.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carta de Epitácio à Diretora da Escola Epitácio Brito, felicitando aniversário da Instituiçao.

Fortaleza, 09 de Novembro de 1999
     
        Estimada amiga Socorrinha,


        Ontem, dia oito, recebi três telefonema de amigos meus daí de Chaval, todos me comunicando que a “Escola Epitácio Brito”, animadamente estava na rua, comemorando a passagem do décimo nono ano de sua existência.
        A notícia deixou-me radiantemente feliz e, de certo modo, visivelmente emocionado porque, afinal de contas, a Escola tem o meu nome e existe em razão de meu trabalho.
        Um pouquinho da história: em 1979, percebendo que Chaval, berço de meu nascimento, por mim amada de coração, já se ressentia de mais um estabelecimento de ensino público estadual, pois na época, só existia a “ Escola de 1º grau Monsenhor José Carneiro da Cunha” , antes, “Escolas Reunidas de Chaval”, D.O.E de 25 de julho de 1973, que, posteriormente passou a denominar-se “Escola de 1º e 2º graus Monsenhor José Carneiro da Cunha”, D.O.E de 27 de abril de 1984, decidi-me em conseguir junto ao Governo do Estado, fosse ali instalada mais uma instituição de ensino público.
        Naquele tempo, já bastante recuado, tudo era muito difícil e a representação de cada município, especialmente os menores, com certeza, precisava gozar de certo prestígio e ser persistente para conseguir o mínimo de progresso para  sua região.
        Apresentei a idéia ao então governador Cel. Virgílio Távora, meu amigo, como sempre se revelou e, ato contínuo, recebi todo apoio.
        Vencida a burocracia natural, pertinente ao projeto, planta, etc., a construção do prédio foi iniciada em terreno previamente escolhido, sendo que, parte deste, de minha propriedade, o melhor encontrado.
        Tudo pronto, fui ao Palácio comunicar ao Governador que o prédio da escola estava concluído. Presente estava o Deputado Rocha Aguiar que disse: “agora governador, só resta V. Exa. botar o nome da escola, que respondeu: “e porque não bota o nome de Epitácio Brito? Eu não fiz nada, quem fez foi ele”.
        Poucos dias depois foi editado o Decreto nº 13.820, de 19 de maio de 1980, D.O.E de 21 do mesmo mês e ano, dando o nome de “Escola de 1º grau Epitácio Brito de Oliveira”, essa mesma que está aí, hoje aniversariando, servindo à comunidade como um todo e, particularmente, a juventude chavalense que se encaminha para o embate da vida, que hoje, mais do que nunca, exige que todos estejam preparados.
        Quero neste ensejo, solicitar a você, digna e dinâmica Diretora, às  Coordenadoras, Professoras e demais que fazem o sucesso e crescimento dessa Escola, a gentileza de levarem aos queridos alunos, todo o meu estímulo e admiração.
            
        Abraços


        Epitácio Brito

HINO DA ESCOLA DE 1º GRAU EPITÁCIO BRITO DE OLIVEIRA

LETRA E MÚSICA DE JOÃO PEREIRA DOS SANTOS FILHO


Salve a tua perpétua existência
Onde o solo fecunda o saber
Na bravura da longa estrada
És o auxílio p'ra se aprender
No teu nome entoamos um canto
Homenagem a ti vamos fazer

Epitácio teus feitos marcaram
Tua história de áureo esplendor
O teu vulto p'ra sempre lembrado
A escola patrono o tornou (bis)

Consagramos solene amada
Os teus mestres ensinam viver
Na vanguarda conduzem à glória
Contra o mal há de prevalescer
Que seusfrutos plantados no tempo
Dia-a-dia se possam colher

Os alunos carregam no peito
Teu emblema de raro valor
Relembramos bons dias de atrás
Hoje paz um amanhã promissor
Que em teu seio não morra a esperança
De lutar para ser vencedor

Epitácio Brito de Oliveira - Vida Pública.

     Epitácio Brito de Oliveira, filho de Luiz Gonzaga de Oliveira e Ana Brito de Oliveira. Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará.
     Nascido em Chaval-Ce.,em 25.10.1922, onde viveu intensamente a vida pública. Foi Presidente de Diretório Municipal, ininterruptamente, durante 37 anos, iniciando no Partido Social Progressista em 1954, por cuja legenda elegeu-se Prefeito Municipal em 1958/62 e terminou no Partido da Frente Liberal em 1991, ano em que afastou-se da política.
     Lançou e elegeu 05 candidatos aquela Prefeitura:
Libório Adrião de Araújo, Francisco Ângelo Sobrinho, José Augusto Fontenele, Francisco de Assis Damasceno Carneiro e Francisco Pereira Filho bem como seus respectivos Vice-Prefeitos e maioria dos membros da Câmara Municipal.

     Por fim, sempre motivado e ajudado por seus inúmeros amigos, dentre eles o então Deputado Estadual Libório Gomes da Silva e pelo povo de um modo geral, deixou ali grandes e pioneiros empreendimentos, dando sequência ao trabalho e desejo do ilustre filho da terra: Mons. José Carneiro da Cunha, notabilizando-se ainda por seu espírito de grandeza que, sem nenhuma sombra de dúvida, a história fará justiça.


Novembro/93

Fonte: Arquivo pessoal de Epitácio Brito de Oliveira, colhido por Danilo Brito e Jânio César.

Memória da Família de Epitácio Brito em Chaval.

01- Grupo Escolar Ana Brito de Oliveira.

02- Pátio da Escola Epitácio Brito de Oliveira.

03- Praça Antônio Fiel Augusto Gentil de Brito.

04- Rua Major Fiel Augusto Gentil de Brito.

Fotos da cidade de Chaval [Ceará]

01- Igreja Matriz de Santo Antônio.

02- Gruta Nossa Senhora de Lurdes.

03- Pedra dos Urubus.

04- Porto do Mosquito.

05- Pedras de Chaval.

06- Chaval.